A psicoterapia individual é o trabalho realizado por um psicólogo clínico, baseado na compreensão analítica dos processos psíquicos desenvolvidos em condições de setting adaptados à estrutura do paciente. A psicoterapia tem como objetivos proporcionar a melhoria da qualidade de vida, com reflexos diretamente nos relacionamentos interpessoais, elevação da autoestima, transformação de comportamentos inconscientes que causam sofrimentos psíquicos, maior tolerância às frustrações, diminuição dos sentimentos de inadequação e incapacidade diante das dificuldades apresentadas no cotidiano.
O termo psicanálise foi utilizado pela primeira vez por Freud, em 1896, com o objetivo de analisar os elementos que compõem a psique humana. A partir de suas pesquisas clínicas, criou uma nova forma de ver o ser humano, fundando uma nova área do conhecimento. Freud denomina de psicanálise o trabalho pelo qual o analista, utilizando-se do método psicanalítico, leva à consciência do paciente os conteúdos psíquicos inconscientes, objetivando a diminuição do sofrimento psíquico. No texto a “História do Movimento Psicanalítico” (1914), o mestre caracterizou a psicanálise por quatro elementos: o inconsciente, a interpretação, a resistência e a transferência. Estes elementos são fundamentais para que um trabalho clínico possa ser chamado de análise.
Desde que Freud inaugurou a psicanálise, possibilitando uma perspectiva de escuta a suas histéricas, para além de um corpo que se mostrava em sofrimento, o que se modificou em torno dessa dor psíquica?
Vale ressaltar que, para Freud, a psicanálise era uma psicologia. Ele afirmou: “Psicanalise é o nome de um procedimento para a investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo; um método (baseado nessa investigação) para o tratamento de distúrbios neuróticos; e uma série de concepções psicológicas obtidas por esse meio, e que gradualmente se acumulam para formar uma nova disciplina científica.” (Freud, 1923.)